O terremoto do Japão e a crise financeira que veio junto com os tremores não irão atingir a geração de empregos no Brasil este ano, prevista em 3 milhões. A informação é do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que apresentou os dados de empregos com carteira assinada criados em fevereiro nesta terça-feira (15).
- Acredito que a tragédia acaba afetando [a economia mundial], inicialmente, o problema com os portos e com a energia nuclear, mas por outro lado o Japão vai ter que construir outra parte do país, e com isso terá demanda para outros produtos, que são produzidos no Brasil. E no final das contas não teremos reflexos na geração de empregos no Brasil.
O ministro foi questionado sobre o aumento do preço do aço, reflexo do terremoto do Japão, que poderia frear a expansão imobiliária no Brasil. A construção civil é um dos setores que deve ter grande expansão na geração de empregos em 2011.
- O efeito do aumento do preço do minério será neutralizado pelo aumento das encomendas de outros setores. Eles estão tendo problemas graves de energia, mas por outro lado irão precisar reconstruir o país.
Perdas
A consultoria internacional Eqecat, citada pela rede de TV americana CNN, estimou que as perdas no país asiático podem chegar a R$ 166 bilhões (US$ 100 bilhões), incluindo R$ 33,2 bilhões (US$ 20 bilhões) em danos a residências e R$ 66,4 bilhões (US$ 40 bilhões) em danos à infraestrutura japonesa, como rodovias, ferrovias e portos.
Prevendo o temor dos investidores internacionais em um momento já delicado da economia local, severamente afetada pela crise econômica internacional, o Banco Central do Japão anunciou na segunda-feira (14) planos de injetar o valor recorde de R$ 303 bilhões (US$ bilhões) no mercado. Outros R$ 101 bilhões (US$ 61 bilhões) serão usados como garantia para fundos de risco.
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